Documentário Ernest Cole: Achados & Perdidos

Você já se perguntou como a fotografia e a arte podem mudar o mundo? Em tempos de vozes silenciadas, o cinema surge como um farol de reflexão e até mesmo denúncia, e o novo documentário “Ernest Cole: Achados & Perdidos”, dirigido pelo aclamado Raoul Peck (de Eu Não Sou Seu Negro), trata exatamente desta questão.

Nesta obra, somos convidados a revisitar a trajetória de Ernest Cole, fotógrafo sul-africano que ousou revelar os horrores do apartheid para o mundo. Com estreia marcada nos cinemas brasileiros em 29 de maio pela distribuidora Imovision, o filme é um retrato íntimo, político e urgente — e uma das grandes estreias entre os filmes africanos de 2024.

Ernest Cole: o olhar que desafiou o Apartheid

Quem foi Ernest Cole? Um pioneiro. Nascido na África do Sul, especificamente em Transvaal, no ano de 1940, este fotógrafo sul-africano teve a coragem de expor ao mundo os horrores do Apartheid através de suas lentes, um feito extraordinário que lhe custou o exílio.

Seu livro, intitulado como “House of Bondage”, de 1967 – quando tinha apenas 27 anos – foi um grito de guerra, reverberando globalmente e garantindo seu lugar na história como um dos mais importantes fotógrafos de sua geração. Seus cliques são um testamento poderoso da luta por dignidade, onde expôs em detalhes a violência, segregação e humilhações impostas aos negros na África do Sul.

Essa ousadia o levou ao exílio, mas também o transformou em um dos nomes mais potentes da fotografia de resistência do século XX. O documentário nos guia por sua vida, sua dor e seu legado — tudo isso narrado pela voz envolvente de LaKeith Stanfield (Corra!, Atlanta).

Leia também: Mês da Consciência Negra: 3 documentários para refletir

Raoul Peck: um diretor que transforma memória em cinema

A maestria de Raoul Peck, diretor indicado ao Oscar por “Eu Não Sou Seu Negro”, é inegável. Em “Ernest Cole: Achados & Perdidos”, Peck reconstrói a jornada de Cole com sensibilidade, utilizando trechos das próprias palavras do fotógrafo e convidando o espectador a encarar o passado com olhos críticos.

A descoberta de 60 mil negativos “perdidos” de Cole em um cofre na Suécia, em 2017, é o coração desse documentário, trazendo à luz um acervo inédito que ilumina ainda mais a resiliência humana. Este filme é um marco entre os filmes africanos e uma obra fundamental para entender os filmes sobre Apartheid, comprovando que Ernest Cole fotografou o que o mundo se recusava a ver.

Além disso, com uma estética elegante em preto e branco e narrativa que envolve e conduz o espectador, a obra se destaca entre os filmes africanos e reafirma o poder da arte como forma de resistência.

Dica: Histórias reais: 5 filmes de biografia

Assista com a Imovision: um tributo necessário à história e à imagem

“Ernest Cole: Achados & Perdidos” já é apontado como um dos grandes destaques do Festival de Cannes 2024, onde venceu o prêmio Golden Eye de Melhor Documentário.

Para que você também tenha a chance de assistir nas telonas, o documentário é um lançamento essencial da Imovision e estará em cartaz a partir de 29 de maio.

Por isso, garanta sua presença e não perca a chance de testemunhar essa história de coragem e legado. Procure a sala de cinema mais próxima, ou compre aqui seu ingresso online, e assista a um dos filmes mais importantes do ano. Para mais conteúdos como este, visite o blog da Imovision!

Categorias: Cinema