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Mês da Consciência Negra: 3 documentários para refletir

Documentário Eu não sou seu negro

Considerado o Mês da Consciência Negra, novembro se tornou um momento mais do que oportuno para lembrarmos da importância da reflexão, do diálogo e do consumo consciente de informações que abordam a luta por igualdade racial — e também uma oportunidade para reconhecermos as contribuições que a identidade negra proporciona ao mundo.

E é nesse embalo que a Reserva Imovision traz algumas dicas de documentários para se aperfeiçoar nesses assuntos. Com um catálogo extenso e cuidadosamente preparado com o melhor da cultura e do entretenimento, também desejamos fomentar a pluralidade e a reflexão política-social. Vamos juntos?

Como o cinema contribui para o debate sobre igualdade racial?

No dia 20 de novembro celebramos o Dia da Consciência Negra. Essa data – que em 2024 passou a ser feriado nacional – remonta à luta do líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi. Símbolo de enfrentamento e resistência contra a escravidão, Zumbi lutou contra a opressão portuguesa e acabou assassinado e exposto em praça pública em 1695.

Três séculos depois, em 1971, o Grupo Palmares – uma associação de ativismo cultural e político do movimento negro brasileiro – realizou um ato de resistência em nome da igualdade racial na cidade de Porto Alegre, dando ênfase à trajetória de Zumbi. Foi a partir dali que o dia 20 de novembro foi escolhido como data para celebrar a cultura afro-brasileira e refletir sobre as persistentes desigualdades raciais em nosso país.

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Repensar o presente refletindo sobre o passado é uma das formas mais eficientes de lutar por um futuro menos desigual e mais inclusivo. E esse também é um dos papéis do cinema. 

Com a sua linguagem narrativa diversa, seu poder criativo sem igual e sua possibilidade de imaginar outros desfechos e futuros, o cinema funciona também como uma ferramenta de educação e conscientização sobre questões raciais que por muito tempo foram negligenciadas.

E os documentários – com seu caráter não-ficcional e seu desejo em explorar a realidade – são uma ótima ferramenta para fomentar o debate e promover uma reflexão mais sensível e direta sobre questões raciais, já que reproduzem com sutileza realidades distintas e muitas vezes desconhecidas pelo público.

Três documentários para maratonar na Reserva Imovision

E aí, ficou interessado em celebrar o Mês da Consciência Negra conhecendo mais sobre a cultura do povo afro-brasileiro – além, é claro, de refletir sobre o preconceito racial ainda tão presente em nosso país? Então venha com a gente e descubra três documentários que são a oportunidade perfeita para essa imersão!

“Libertem Angela Davis”, de Shola Lynch

Professora, filósofa, escritora, mulher e preta: Angela Davis é reconhecida por seu trabalho intelectual refinado e suas observações sagazes sobre raça, gênero e classe. Mas a história de Davis vai para além do seu labor acadêmico e remonta ao grupo socialista Panteras Negras e sua militância incansável.

No documentário “Libertem Angela Davis”, dirigido por Shola Lynch e lançado em 2014, voltamos aos anos 70 e acompanhamos a vida de Davis em um período turbulento: quando ela se tornou uma das dez pessoas mais procuradas pelo FBI. 

Professora universitária no Alabama, Estados Unidos, Angela também era integrante do partido Panteras Negras e, naquele tempo, buscava defender três prisioneiros negros. A história mudou de rumo quando a tentativa de fuga de um dos prisioneiros resultou na morte de um juiz e a filósofa se viu presa e acusada de conspiração, sequestro e homicídio.

No documentário, acompanhamos um pouco da campanha de libertação em prol de Davis, seu julgamento e as discussões essenciais sobre racismo em um país enraizadamente preconceituoso como os Estados Unidos. 

Um filme para olhar para um passado nem tão distante e refletir sobre a importância da luta feminista nas causas sociais mundo afora. 

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“Eu Não Sou Seu Negro”, de Raoul Peck

Indicado ao Oscar em 2017, “Eu Não Sou Negro” é um dos documentários mais impactantes sobre a história negra e o apagamento, silenciamento e diminuição do negro norte-americano.

A premissa é simples: refletir sobre o que é ser uma pessoa negra nos Estados Unidos. O que torna o documentário tão potente é o jeito que ele é amarrado, tomando o livro inacabado de James Baldwin – “Remember This House”, de 1979 – um guia para a reflexão. 

Ativista, escritor e dramaturgo, James Baldwin conta sobre a vida e os assassinatos de três líderes negros americanos: Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King JR. É a partir dessa narrativa que o diretor haitiano Raoul Peck constrói seu documentário, com arquivo de imagens do movimento Black Power e muitas reflexões atemporais.

“Mama Africa”, de Mika Kaurismäki

Para quem nunca ouviu falar de Miriam Makeba, esse é o momento. Para quem quer conhecer mais da sua história, também. Popularmente chamada de Mama Africa, Makeba foi uma compositora e cantora africana conhecida pelo hit Pata Pata e pelo seu ativismo incansável.

Embaixadora da boa vontade da ONU e militante ativa contra o apartheid sul-africano, Mama Africa tornou-se famosa não apenas pela sua música, mas também por sua vontade imensa em combater o racismo e repensar as estruturas sociais vigentes e segregadoras.

Lançado em 2011, esse documentário de Mika Kaurismäki tem tudo para deixar seu mês de novembro (ou qualquer outro) mais cheio de nuances!

Como acessar esses filmes na Reserva Imovision? 

Agora que você já possui três dicas preciosas para aumentar seu repertório social, cultural e político, descubra mais de perto as outras maravilhas da Reserva Imovision. 

Na nossa plataforma de filmes é muito fácil encontrar o que você está procurando. Basta digitar na aba de pesquisa o título das obras ou navegar pelos filtros de categorias do site

Ali, além do acesso às produções procuradas, você tem a chance de conhecer todas as opções que fazem parte da grande diversidade do nosso catálogo!

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Neste Mês da Consciência Negra, vá além do básico e consuma uma arte engajada. Para isso, conte com a Reserva Imovision.

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